Com a instabilidade hídrica do semiárido, o homem do campo enfrenta restrições na produção de forragens nos períodos de secas prolongadas; nessa perspectiva, a palma forrageira, por ser uma planta xerófita e suportar prolongados períodos de estiagem, pode se tornar uma alternativa viável. Diante desse contexto, objetivou-se avaliar o rendimento e a taxa de sobrevivência da palma forrageira Gigante (Opuntia fícus-indica) cultivada com aplicação de água residuária, nas condições edafoclimáticas do semiárido baiano. O experimento foi realizado no setor de agricultura do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia Baiano campus Guanambi, localizado no Município de Guanambi, Bahia, no período compreendido entre outubro de 2015 a agosto de 2017. O experimento foi instalado em delineamento em blocos casualizados, com seis tratamentos e cinco repetições: (T1) sem adubação orgânica e sem irrigação (SA_SI); (T2) sem adubação orgânica e irrigação com água residuária, aplicando 0,6 L planta-¹ semana-¹ (AR0,6); (T3) sem adubação orgânica e irrigação com água residuária, aplicando 1,2 L planta-¹ semana-¹ (AR1,2); (T4) sem adubação orgânica e irrigação com água residuária aplicando 1,2 L planta-¹ semana-¹, fraccionada em duas aplicações semanais (AR1,2/2); (T5) com adubação orgânica aplicando 60 Mg ha-1 de esterco bovino, antes do plantio e irrigação com água de poço 1,2 L planta-1 semana-1 (AP1,2); e (T6) com adubação orgânica aplicando 60 Mg ha-1 de esterco bovino, antes do plantio e sem irrigação (CA_SI); totalizando 30 unidades experimentais. Em razão dos resultados, pode-se concluir que: (i) a aplicação de água residuária aumentou a produtividade da palma forrageira gigante (Opuntia fícus indica) quando comparado com o cultivo de sequeiro; e (iii) a aplicação de 0,6 L planta-¹ semana-¹ foi suficiente para aumentar a taxa de sobrevivência da palma forrageira gigante (Opuntia fícus indica) em condições de estiagem prolongada.
Palavras-chave: Opuntia fícus-indica, semiárido, produção, pecuária, irrigação.