A palma forrageira (Opuntia fícus-indica) é considerada uma planta xerófila e adaptada às condições adversas do semiárido, assim, pode ser uma das melhores opções para a produção de forragem nesta região, com capacidade de atingir altas produtividades de biomassa por área, sendo a cultura mais estável ao longo do tempo. Objetivou-se avaliar o desenvolvimento da palma forrageira cultivar ”Gigante‟ em combinações de diferentes turnos de rega, densidades de plantio e lâminas de irrigação com água salobra. O delineamento experimental foi em blocos casualizados (DBC), com parcelas subsubdivididas, sendo utilizado na parcela, dois turnos de rega (sete e 15 dias), na subparcela, quatro diferentes densidades de plantio (20, 40, 60 e 80 mil plantas por hectare) e na subsubparcela quatro lâminas de irrigação (0, 11, 22 e 33% da evapotranspiração de referência – ETo), perfazendo um total de 32 tratamentos, com três repetições, totalizando 96 unidades experimentais. Foram avaliadas a condutividade elétrica do extrato da pasta saturada; a eficiência do sistema de irrigação; a altura e largura da planta;; o número e o índice de área do cladódio; a produção de massa verde e a eficiência de uso da água. A utilização da irrigação com água salobra (2,91 dS m-¹) em palma forrageira não promove a salinização do LATOSSOLO vermelho-amarelo após um ciclo de cultivo e período chuvoso. Sistema de irrigação por gotejamento com emissores tipo labirinto in line, utilizando água salobra não reduz a eficiência de aplicação de água. O incremento da lâmina de água salobra promove o aumento da largura, altura, índice de área do cladódio, produção de massa verde. A condição de aplicação de água salina de 22% da ETo promove a melhor EUA, o que, do ponto de vista da sustentabilidade da produção agrícola, é de suma importância. A densidade de 80 mil plantas ha-¹ promove os maiores valores para IAC, produtividade e EUA.
Palavras-chave: Opuntia fícus, semiárido, salinidade, sistema de cultivo.
