Objetivou-se com o presente estudo avaliar a qualidade bromatológica, a morfologia, o estado nutricional, a extração/exportação de nutrientes e o rendimento da palma forrageira cultivada sob diferentes espaçamentos de plantio e doses de esterco bovino aplicadas ao solo. O experimento foi implantado em um Latossolo Vermelho-Amarelo e conduzido entre setembro de 2009 a maio de 2011, em Guanambi, Sudoeste da Bahia. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, com 12 tratamentos disposto em esquema fatorial 4 x 3, quatro doses de esterco bovino (0; 30; 60 e 90 Mg ha-¹ ano-¹) e três espaçamentos de plantio, dois em fileiras simples (1,0 x 0,5 e 2,0 x 0,25 m) e um em fileira dupla (3,0 x 1,0 x 0,25 m), três repetições, com população de 20.000 plantas ha-¹. Aos 600 dias após o plantio foi avaliado nos cladódios a composição bromatológica, as características morfométricas, o teor e a extração/exportação de nutrientes. Determinou-se ainda o rendimento da palma forrageira. Os dados foram submetidos à análise de variância e posteriormente foram realizadas comparações entre as médias dos diferentes espaçamentos pelo Teste de Tukey (P<0,05) e análise de regressão para as diferentes doses de esterco, de acordo com o desdobramento ou não da interação, em função da sua significância. As doses de esterco bovino influenciaram de forma positiva, os teores de fósforo, zinco, nitrogênio total, proteína bruta, proteína de rápida e intermediária degradação e o comprimento dos cladódios. Houve decréscimo nos teores de hemicelulose, carboidratos totais, nitrogênio insolúvel em detergente neutro e ácido em função do nitrogênio total e proteína indigerível. O teor de matéria seca, magnésio e enxofre, o número, a espessura e o índice de área dos cladódios foram dependentes dos espaçamentos e doses de esterco. As diferentes doses de esterco e espaçamentos influenciaram, de forma independente, a altura da planta, a produção de massa verde e matéria seca, os teores de nitrogênio, potássio, cálcio, enxofre, cobre, sódio e a extração/exportação de nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, boro, zinco, ferro, manganês, cobre e sódio. Diante dos resultados encontrados foi possível concluir que os espaçamentos de fileiras simples proporcionaram maior rendimento de matéria seca; os espaçamentos de plantio não influenciaram a qualidade da forragem de palma; os macronutrientes extraídos/exportados em maior quantidade pela palma forrageira foram: K, Ca, N, Mg, P e S; e os micronutrientes: Mn, Fe, Zn, Na, B e Cu, nesta ordem; o incremento das doses de esterco bovino promoveu uma maior extração de nutrientes e aumentou os seus teores nos cladódios de palma forrageira e, consequentemente, melhorou a qualidade e aumentou a produção de forragem pela palma.
Palavras chave: Opuntia, adubação orgânica, arranjo de plantas, estado nutricional, produção, qualidade da forragem.